Depois de uma conversa com a mãe sobre absorventes, Camily Pereira teve a ideia de criar uma alternativa sustentável e barata, desenvolvida com a colega Laura Debres.

Os gastos com produtos de higiene, como absorventes, são um peso na renda mensal de cerca de 20 milhões de mulheres no Brasil. Quase 80% das brasileiras já precisaram substituir os produtos de higiene menstrual por outros itens, na maioria dos casos por papel higiênico. Para as mulheres em situação de vulnerabilidade, o principal motivo para a troca é a falta de dinheiro.

As informações são do levantamento ‘Relação das brasileiras com o período menstrual’, realizado pelo Instituto de Pesquisa Locomotiva em parceria com a marca Always.

Foi pensando em criar uma alternativa sustentável e acessível que as estudantes do IFRS (Instituto Federal do Rio Grande do Sul), do campus Osório, Camily Pereira e Laura Debres desenvolveram os Sustenpads. Saiba como eles são feitos!

“A ideia surgiu de uma conversa que eu tive com a minha mãe sobre a questão de absorventes ecológicos. Porém, nessa conversa, eu descobri que quando mais jovem ela nem sequer tinha acesso a absorventes convencionais. E essa foi a primeira vez que eu me deparei com a pobreza menstrual, que é um problema que afeta milhares de mulheres ao redor do mundo. "Foi então que surgiu o Sustenpads" contou Camily em entrevista.

A jovem conversou sobre a ideia com a professora Flávia Twardowski, diretora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação no campus Osório do IFRS. Foi a docente quem apresentou o projeto para a também estudante Laura, que aceitou o desafio e junto com suas amigas desenvolveram o protótipo.

“Nós desenvolvemos um material absorvente para substituir o algodão que é convencionalmente utilizado em absorventes a partir das fibras do pseudocaule da bananeira e do açaí de Juçara. Para a camada plástica, substituir esse plástico convencional, nós utilizamos resíduos provenientes da indústria nutracêutica. Com esse refil, nós desenvolvemos um invólucro com retalhos de tecidos de costureiras da nossa cidade”, explicou Laura uma das criadoras do Absorvente Biodegradável.

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